Mandalas de Cristal

 Na filosofia budista, a mandala é um tipo de diagrama que, pelo seu conjunto de formas e linhas, simboliza a mansão sagrada, um local mágico e especial, o palácio de uma divindade. 

Os monges tibetanos constroem, com muita paciência, mandalas usando areia colorida. Durante sua confecção, cantam mantras, oram evocando os deuses e outras divindades. Quando a mandala está concluída, fica algum tempo para visitação e ancoramento de energias, pode fazer parte de alguma cerimônia e logo depois a arte da mandala é desmanchada e sua areia é jogada em um rio, para que as bênçãos se
espalhem. Elas são desmanchadas para simbolizar a inconstância da vida, o desapego. Mais recentemente, em algumas cidades da Índia, já se encontram mandalas confeccionadas com pó colorido de cristal. É uma técnica de trituração de pedras de muitas cores, que são artisticamente coladas em bases de metal ou vidro. São peças lindíssimas, com sua frequência vibracional preservada, uma vez que são feitas com pós de cristais. Essas mandalas são vendidas com a indicação de serem colocadas nas soleiras superiores das portas de entrada das casas. Algumas,
dependendo das cores e dos tipos de cristais, têm outras indicações, como de proteção para crianças, sendo colocadas sobre os berços dos bebês e próximo aos locais onde se trabalha com computador e outras vibrações de radiofrequência.

  

Carl Jung desenvolveu algumas técnicas de Arteterapia adotando a confecção de mandalas, através quais suas linhas e formas representariam a personificação de aspectos pessoais e uma expressão do interior. Seria como uma forma de extravasamento de ideais, que na Psicoterapia se manifesta de forma mais espontânea e coerente, auxiliando como uma excelente ferramenta para as interpretações dos símbolos da personalidade. Com o desenvolvimento de estudos sobre os cristais, muitos terapeutas, alguns baseando-­se nas teorias junguianas, outros na área da Psicologia, começaram a vislumbrar as inúmeras possibilidades de inserir em suas terapias a elaboração de mandalas com cristais ou pedras.
Além de elas se apresentarem com uma beleza incrível, o poder de sua energia se faz presente de forma efetiva e poderosa, contribuindo para o tratamento. Existem técnicas de confeccionar mandalas com objetivos terapêuticos ou ainda para introduzir ou potencializar as meditações. Organiza-­se uma série de pedras e cristais, polidos e brutos, de diversas formas. Geralmente, se oferecem tabuleiros de diferentes tamanhos para a confecção da mandala. A partir desse momento, a pessoa fica em contato com o cristal e é introduzida com noções básicas acerca
dele. Após uma leve explanação sobre as mandalas e sua confecção, a
pessoa fica à vontade para fazer a sua.


Alguns autores desenvolvem orientações denominadas terapêuticas de como realizar esse trabalho, como escolher o cristal central, como colocar os cristais polidos, suas formas, direções, como realizar mentalizações, aplicar Reiki ou orações, entre outras orientações. É saudável aceitá­-las como uma técnica a mais no mundo dos cristais,
mas acredito que a confecção de uma mandala também pode seguir
um processo totalmente livre e intuitivo, e ser algo de grande valia.





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